segunda-feira, 19 de junho de 2023

O Feitiço e o Ser Humano

A relação entre o ser humano e a feitiçaria é complexa e pode variar de acordo com as crenças, culturas e perspectivas individuais. A feitiçaria, como prática espiritual e mágica, tem sido uma parte intrínseca da história da humanidade em diferentes sociedades ao redor do mundo.

No âmbito geral, a feitiçaria pode ser vista como uma expressão da conexão do ser humano com o mundo espiritual e o reino das energias sutis. Ela envolve a manipulação dessas energias por meio de rituais, encantamentos, feitiços e outros métodos, com o objetivo de influenciar o mundo ao redor e realizar mudanças desejadas.

A feitiçaria muitas vezes é associada à busca por poder pessoal, cura, proteção, manifestação de desejos, compreensão da natureza humana e do universo, entre outros propósitos. Ela pode ser praticada de diferentes formas, como a bruxaria, o xamanismo, a magia cerimonial e diversas tradições espirituais e religiosas.

A relação entre o ser humano e a feitiçaria é baseada na compreensão de que os indivíduos possuem uma conexão intrínseca com as forças naturais, energias espirituais e o mundo invisível. A prática da feitiçaria permite ao ser humano explorar e interagir com essas dimensões sutis, buscando influenciar e co-criar sua realidade.

No entanto, é importante destacar que a feitiçaria também pode ser vista como uma responsabilidade. Aqueles que se envolvem com essa prática devem ter um profundo respeito pela natureza, pelas forças espirituais e pelo livre-arbítrio. É necessário considerar as consequências de suas ações, bem como agir com ética e responsabilidade ao usar o conhecimento e as habilidades da feitiçaria.

Cabe a cada indivíduo decidir como eles se relacionam com a feitiçaria, se envolvendo diretamente na prática ou não. Alguns podem abraçar a feitiçaria como uma parte essencial de sua espiritualidade e desenvolvimento pessoal, enquanto outros podem preferir seguir outras tradições ou perspectivas de vida.

Em última análise, a relação entre o ser humano e a feitiçaria é um reflexo da busca humana por conexão, poder pessoal, compreensão do mundo e manifestação de desejos. É uma jornada individual e subjetiva, na qual cada pessoa encontra seu próprio caminho e interpretação dessa prática ancestral e multifacetada.

Por. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

sábado, 17 de junho de 2023

Tambor de Mina




O Tambor de Mina é uma tradição religiosa afro-brasileira que possui seus rituais e práticas específicas. É uma religião rica em simbolismo e conexão com a natureza, onde se cultuam divindades conhecidas como Voduns.

Os rituais no Tambor de Mina geralmente ocorrem em espaços sagrados chamados de terreiros, que são preparados e consagrados para a realização das cerimônias. Esses rituais são conduzidos por membros da comunidade religiosa, como pais e mães de santo, que possuem conhecimento e experiência na tradição.

Os rituais no Tambor de Mina podem variar em formato e conteúdo, dependendo da casa religiosa e da ocasião específica. No entanto, há elementos comuns que estão presentes na maioria das cerimônias.

Um dos principais aspectos dos rituais no Tambor de Mina é a música e a dança. Os tambores são tocados com ritmos específicos, chamados de toques, que evocam as energias das divindades e criam uma atmosfera propícia para a conexão espiritual. Os participantes dançam ao som dos tambores, movendo-se de maneiras ritmadas e expressivas, honrando e invocando as forças divinas.

Além da música e dança, os rituais envolvem oferendas e sacrifícios. As oferendas podem incluir alimentos, bebidas, velas, flores e outros elementos simbólicos. Essas oferendas são feitas como forma de agradecimento, reverência e conexão com as divindades. Os sacrifícios, quando realizados, são uma forma de renovação e purificação espiritual.

Durante os rituais, são invocadas as divindades, os Voduns, que são entidades espirituais reverenciadas na tradição. Cada Vodun possui suas características, atribuições e culto específico. Os devotos buscam estabelecer uma conexão com essas divindades, pedindo orientação, proteção e auxílio em suas vidas.

Os rituais no Tambor de Mina são eventos comunitários, nos quais os participantes se reúnem em união e devoção. É um momento de celebração da espiritualidade, de conexão com as forças divinas e de fortalecimento dos laços comunitários.

É importante ressaltar que o Tambor de Mina é uma tradição religiosa com suas particularidades regionais e variações de práticas e rituais. Portanto, é sempre recomendado buscar informações adicionais junto a praticantes e líderes religiosos do Tambor de Mina para uma compreensão mais completa e precisa desses rituais. 

Por. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Vodun Badé e o Tambor de Mina


O Vodun Bagdé, também conhecido como Badé ou Keviosso, é de fato uma divindade do panteão Vodun do Tambor de Mina, associado ao trovão e à justiça. Ele é reverenciado como um poderoso Deus do Trovão e considerado um guardião da ordem e da harmonia.

Bagdé é representado como um ser imponente e poderoso, muitas vezes retratado com um machado nas mãos, símbolo de seu poder destrutivo e restaurador. Ele é considerado um agente da justiça divina, punindo aqueles que infringem as leis e os princípios morais estabelecidos pelo panteão Vodun.

Como uma divindade do trovão, Bagdé é associado a forças naturais poderosas e imprevisíveis. Sua presença é sentida através dos trovões e relâmpagos, representando tanto a força destrutiva da natureza quanto a renovação e purificação que seguem após a tempestade.

Além de seu papel na aplicação da justiça, Bagdé também é considerado um protetor e defensor dos praticantes do Tambor de Mina. Ele oferece apoio e orientação para enfrentar desafios e superar obstáculos, concedendo coragem e força para seguir em frente.

Nos rituais do Tambor de Mina dedicados a Bagdé, tambores ressoam em batidas intensas, evocando sua energia e poder. Ofertas e sacrifícios são feitos como forma de demonstrar respeito e gratidão pela presença divina. Os devotos buscam a intercessão de Bagdé para encontrar equilíbrio, justiça e proteção em suas vidas.

Como em todas as tradições religiosas, é importante respeitar e entender as nuances e particularidades do culto ao Vodun Bagdé, pois elas podem variar entre diferentes comunidades e casas religiosas do Tambor de Mina. Recomenda-se sempre buscar informações adicionais junto a fontes confiáveis e, se possível, estabelecer diálogo com praticantes e líderes religiosos para uma compreensão mais completa e precisa.

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

terça-feira, 13 de junho de 2023

Noche Navezoarina: A Celebração do Amor e da Deusa Oxum no Tambor de Mina


No universo encantado do Tambor de Mina, um dos cultos afro-brasileiros mais ricos em tradição e espiritualidade, encontramos uma entidade especial chamada Noche Navezoarina. Ela é reverenciada como um Vodun, uma divindade, que representa a essência do amor e a presença de Oxum, a deusa africana associada à fertilidade, ao amor e à riqueza.

Noche Navezoarina é celebrada com fervor e devoção pelos praticantes do Tambor de Mina, que encontram nessa entidade um símbolo poderoso do amor e da conexão humana. Seu nome evoca a noite, um período mágico em que os segredos do coração são revelados e os desejos mais profundos ganham vida.

Durante as cerimônias dedicadas a Noche Navezoarina, os tambores ressoam em ritmos hipnóticos e as vozes dos participantes se unem em cantos e preces. O ambiente é preenchido com a energia do amor e da devoção, enquanto os devotos expressam seus sentimentos mais sinceros à divindade.

Através de suas manifestações, Noche Navezoarina desperta a sensibilidade das pessoas para a importância do amor em todas as suas formas. Ela incentiva a expressão dos sentimentos mais puros e genuínos, estimulando a busca pelo afeto, pela harmonia nos relacionamentos e pelo cuidado mútuo.

Como uma representação de Oxum, Noche Navezoarina também simboliza a fertilidade e a abundância. Ela traz consigo a energia vital e a capacidade de criar e nutrir tanto a vida física quanto emocional. Sua presença inspira os devotos a cultivarem o amor-próprio, a nutrirem relacionamentos saudáveis e a apreciarem a beleza e a sensualidade que permeiam o mundo.

Ao celebrar Noche Navezoarina, os adeptos do Tambor de Mina honram o poder do amor e da deusa Oxum. Eles se conectam com o sagrado feminino, encontrando equilíbrio e plenitude em sua presença. Essa celebração é um lembrete constante de que o amor é uma força transformadora capaz de trazer harmonia, alegria e prosperidade para a vida de todos.

Que Noche Navezoarina, a manifestação de Oxum, continue a inspirar os praticantes do Tambor de Mina e todos aqueles que buscam o amor em suas vidas. Que possamos aprender com essa divindade a valorizar o afeto e a conexão humana, cultivando relacionamentos saudáveis e espalhando o amor pelo mundo. 

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

Obs. Imagem meramente ilustrativa

domingo, 11 de junho de 2023

Carlos Magno e os Doze Pares de França: Uma Lenda de Bravura e Lealdade


Na era medieval, em um período de cavaleiros e reinos em disputa, uma figura lendária destacou-se como um governante destemido e justo: Carlos Magno. Ao seu lado, ele tinha um grupo seleto de cavaleiros conhecidos como os Doze Pares de França. Juntos, eles personificavam os ideais de coragem, honra e lealdade, deixando um legado que atravessou os séculos.

Carlos Magno, também conhecido como Carlos, o Grande, foi um dos governantes mais influentes da Europa medieval. Como rei dos francos e posteriormente imperador do Sacro Império Romano, ele estabeleceu um império vasto e unificado, promovendo a cultura, a educação e a justiça em suas terras.

Os Doze Pares de França eram os cavaleiros mais valentes e habilidosos do reino, jurando lealdade inabalável a Carlos Magno. Eles eram os guardiões do rei, lutando ao seu lado nas batalhas, protegendo os interesses do reino e defendendo os mais fracos. Esses cavaleiros eram conhecidos por suas proezas e suas histórias de coragem e bravura se espalharam por toda a Europa.

Cada um dos Doze Pares de França possuía características e habilidades únicas. Entre eles estavam lendas como Roland, um cavaleiro de força sobre-humana e portador da lendária espada Durandal; Olivier, um guerreiro habilidoso e leal companheiro de Roland; e Renaud de Montauban, um cavaleiro conhecido por sua valentia e senso de justiça.

Juntos, Carlos Magno e os Doze Pares de França enfrentaram inúmeras batalhas e desafios, conquistando vitórias e defendendo o reino com destemor. Suas histórias heróicas se tornaram lendas que inspiraram gerações posteriores de cavaleiros e fomentaram o espírito de nobreza, coragem e lealdade.

A história de Carlos Magno e os Doze Pares de França continua a fascinar até os dias atuais, reforçando a ideia de que a bravura, a lealdade e o senso de dever são virtudes atemporais. Eles são um lembrete de que, mesmo em tempos de adversidade, aqueles que permanecem fiéis a seus ideais e lutam pelo bem comum podem deixar um legado poderoso e inspirador.

Que a história de Carlos Magno e os Doze Pares de França continue a nos inspirar a enfrentar nossos próprios desafios com coragem, honra e lealdade. Que possamos nos esforçar para ser como esses valentes cavaleiros, protegendo os mais fracos, defendendo a justiça e deixando um legado de coragem e nobreza em tudo o que fazemos.

Por. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

sábado, 10 de junho de 2023

As três Princesas da Turquia: Mariana, Jarina e Herondina

Era uma vez, em um reino distante da Turquia, três princesas de beleza encantadora e corações generosos: Mariana, Jarina e Herondina. Cada uma delas possuía características únicas, mas todas compartilhavam uma determinação inabalável em tornar o mundo um lugar melhor.

Mariana, a primeira das princesas, era conhecida por sua sabedoria e compaixão. Ela dedicava seu tempo a cuidar dos mais necessitados, estendendo uma mão amiga aos menos favorecidos e oferecendo palavras de consolo e encorajamento. Sua gentileza tocava o coração de todos que a encontravam, e seu legado de bondade perdurava através das gerações.

Jarina, a segunda princesa, era dotada de uma força incomparável. Ela era uma guerreira destemida, pronta para proteger seu reino e seu povo de qualquer ameaça. Seu espírito corajoso e sua habilidade estratégica eram admirados por todos, e ela se tornou uma inspiração para os jovens que sonhavam em lutar por justiça e igualdade.

Herondina, a terceira princesa, possuía um amor profundo pela natureza e pelos animais. Ela era uma defensora incansável do meio ambiente, trabalhando diligentemente para preservar a beleza natural do reino. Com sua paixão e conhecimento, ela ensinava as pessoas sobre a importância de cuidar do ecossistema e viver em harmonia com a natureza.

Embora cada uma tivesse seu próprio caminho, Mariana, Jarina e Herondina compartilhavam um objetivo comum: fazer a diferença em suas terras e além. Elas se reuniam regularmente, combinando suas habilidades e ideias para enfrentar desafios e promover mudanças positivas.

Juntas, essas três princesas turcas se tornaram símbolos de esperança, coragem e generosidade. Seu legado vive até os dias atuais, inspirando as gerações futuras a seguirem seus passos e dedicarem-se ao bem-estar da humanidade e do mundo ao seu redor.

Que a história das princesas Mariana, Jarina e Herondina seja um lembrete de que, independentemente das nossas habilidades individuais, quando nos unimos em busca de um objetivo comum, somos capazes de criar um impacto duradouro e transformar o mundo ao nosso redor para melhor.

Por. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ

Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

domingo, 7 de maio de 2023

CANTANDO PARA VODUNS NO TAMBOR DE MINA



O Tambor de mina é marcado por cantos, por rezas cantadas, sendo eles tanto em Yorubá quanto em língua portuguesa. Na grande roda dos rituais, Giram-giram-giram no sentido oposto ao relógio porque o tempo cronológico, como ensinam nas escolas, não faz sentido para quem percebe que a vida se dá a partir de encontros entre espaços e tempos. São os reis europeus, cristãos, turcos, judeus, ciganos, indígenas, botos. Eles chegam de todos os lugares enquanto o tambor, de Mina, toca a energia que veio de São Jorge da Mina: de homens escravizados que chegaram do  além-mar de Gana, Togo, Benin e Nigéria. Rodando, firmam o transe e tomam a posse dos seus filhos para participar da festa. E assim se construiu esta pequena postagem/homenagem aos nossos voduns, patronos de nossas vidas.

Muito mais do que uma dança, essa é uma importante religião afro-brasileira que surgiu no Maranhão no final do século XVIII e se estruturou em duas casas matrizes: a Casa das Minas Jeje (consagrada ao vodum Zomadonu) e a Casa de Nagô (consagrada a Xangô). Em seus rituais, os voduns são superiores e tudo começa ou termina com eles, mas quando os toques e cantos mudam significa que foi aberto um espaço para que as outras entidades sejam homenageadas.

A complexidade da liturgia é o que marca a riqueza desse culto de fé. Os instrumentos, os trajes, os comportamentos das entidades, e os cantos que alternam: jeje, nagô, doutrinas em português e ladainhas em latim. Suas cerimônias são discretas e é nos detalhes que é possível compreendê-las. No mesmo terreiro, a festa é Yorubá, Ewe-Fon, Fanti-Ashanti, Ketu, Agrono, Cambinda, Indígena, Europeia. Não dá para desvincular o Tambor de Mina do Catolicismo popular, do folclore local ou da Encantaria: mas também não é possível dizer que é tudo a mesma coisa.

Cantado para Vodun 

1 - Toy Dossu – Ogun
Resposta: Vodun Beô (Vodun esteja contigo)

I -         AÊ, AÊ BAJEDÔ, AGA DOSSÚ POFESSÁ
RESP. AÊ, AÊ BAJEDÔ, AGA DOSSÚ POFESSÁ
AÊ, AÊ MAILÔ, AGA DOSSÚ POFESSÁ
AÊ, AÊ MAILÔ, AGA DOSSÚ POFESSÁ
AÊ, AÊ MAILÔ, TOY VODUN VENERÁ
AÊ, AÊ MAILÔ, AGA DOSSÚ POFESSÁ

II -       HÁ, AGAJÁ, AGAJÁ TOY DOSSÚ
BOSSU VENERÁ
BOSSU POFESSÁ(BIS)

III -     DOSSÚ KAIA KAIA KAIA DOME
DOSSÚ KAIA KAIA KAIA DOME                     

2 – TOY AZAKÁ - OXOSSÉ
Resposta: VODUN BEÔ

I -       MIKIELA E PÔ
            MIKIELA E PÔ
            HÔ MIKIELA OLUBEÔ

II –     MIKIELA MIKIELA
            MIKIELA E PÔ
            MIKIELA MIKIELA
            MIKIELA HUMBEÔ     (O Senhor te abençoe)

III –    Ê PÔPÔ GUENGUE
            Ê PÔPÔ GUENGUE
            ORISA MIKIELA ORÊ HÔ
            Ê PÔPÔ GUENGUE.     (Bis)

3 - TOY ORÔNIN OSSANYN
Resposta: VODUN BEÔ
                       
I -       AGÔ ORÔNIN EMI SELÊ HÔ.
            AGÔ ORÔNIN EMI SELÊ HÔ.
            FARA-Ê FARA-Ê, AMASSY DÊ-ÔH
            AGÔ ORÔNIN EMI SELÊ HÔ.

II -       TÚ NUN NUN, ÔH TUN NUNNÉ
ÔH IBARÊ SIMINÁ BEUÁ
EUÁ DOMIM?
OSSANYIN BOBÔ
ABEUÁ.

4 - NOCHÊ DANGOMÉ – DÃ
Resposta: VODUN BEÔ
           
I -       MINA JÊ, MINA JÊ, MINA JÊ
            MINA JÊ DAN. (Bis)
            ÔH MINA – JÊ DAN
            ÔH MINA JÊ DAN.   (Bis)

II -     EU SOU MINA VODUN EU SOU MINA
            MINA Ê DAN
            MINA Ê OH JERI-ODAN. (Bis)

III -    EU SOU MINA VODUN
            EU SOU MINA DE OTÁ

IV -     NAJÊ NAJÊ NAJÊ DAN
            ANANBIKOU NAJÊ DAN.

5 - TOY AKOSSY SAKPATÁ - OBALUAÊ
Resposta: VODUN BEÔ
           
I -       A ÊÊ, IMBOLOMUN, IMBOLOJOU AKÔ IKI
            ALÁ IMBOLOMUN, IMBOLOJOU
            IMBOLOMUN, IMBOLOJOU AKÔ IKI.

II -      Ô IÁ MORÊ Ô SAPANÃ EUÁ, JALOU     ( bis )
            Ô KIRI_Ê ABADOU, ABARRAN GUJÁ JALOU
            ABARRAN GUJA JALOU

III -    Ô IÃ MORÊ Ô SAPANÃ EUÁ, JALOU (bis)
            Ô KIRI-Ê ABADOU, ABARRAN GUJÁ JALOU
            SAPANÁ EUÁ RAIOU.

IV -    EUÁ DIMIM BOU (bis)
            AKOUSSI DÊ SAPANÃ
            VODUN SÉ SÉ SÉ
            AMUNHEKOROU SELEDOM (bis)

V -      Ô MINA TELÊ, TELÊ
            AMISSAILA TAIÓ TAIÓ
SECILA MALA JOKLÊ
BOBOROMINA SAÍLA VODUN
É COM ADÊ É COM ABÁ
AIKOU AMADÊ-OU
AIKOU AMADÊ-OU
KIRI ELÉ AMADÊ-OU

VI -      ÔH MINA TELÊ
TELÊ BOJOU DA GAMA
TELÊ BOJOU A LAILÁ, A LAILÁ
TELÊ BOJOU, TELE BOJOU, TELÊ BOJOU

VII –    ORUN ORUKUN ORUKUN BOU
ORUKUN-OU BAÚBA KILÁ ILÁ(BIS)
ORUKUN-OU KOU UMBEL
ORUKUN BAÚBA KILÁ ILÁ

VIII -  ORUKUN ORUKUN ORUKUN BOU
            ORUKUN BAÚBA, ORUKUN BOU

IX -    ORUKUN ORKUN JÉ JÉU
            ERUÉ RI-ODAN(BIS)

6 - TOY LÔKO – IROKO
RESPOSTA: VODUN BEÔ

I -       LEI, LEI OLORUN OU
            OLO-RUN OU
            LEI, LEI OLORUN OU
            OLORUN OU MEU ORIXÁ

II -      LEI, LEI, LEI, LEI,
            LEI, LEI, AMADÊ OU
            ADELERÁ KABOROTÁ
LEI, LEI AMADÊ OU (BIS)

III -     XADATAN OHA BOBI NO-É
            BOBOROMINA NAJOU KLÊ LOU
            AÊ, AÊ, AÊ BOBOROMINA NAJOU KLÊ(BIS)

IV -     XADATÃ,
            FINÉ, FINÉ
            OYÁ BOSSU
            FINÉ, FINÉ

V -      AÊ BULUKAN BULUKAN
            BULEKAN MANJALOU
ILÊ XÓ POKÊ OU
ORIXÁ UMA-LOU
HÁ SÉ SÉ BAIÔ
HÁ SÉ SÉ BAIÔ
HÁ SÉ SÉ BAIÔ
HÁ SÉ SÉ BAIÔ
           
VI –     AÊ BULUKAN BULUKAN
Ê BULUKAN JALOU
OYÁ, OYÁ-Á BERÊ
Ê BULUKAM JALOU

VII -   BULUKAN BULUKAN
            SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

7. NOCHÊ EWÁ – SENHORA DO GLOBO ASTRAL
           
I -       EWÁ OU GUI É É
            EWÁ OU GUI É É
            ORIXÁ OKÉ ÔDIA
            EWÁ OU GUI É É

II -     EWÁ, EWÁ MINA BEM BOSSO EWÁ
            EWÁ, EWÁ MINA BEM BOSSO EWÁ
            EWÁ, EWÁ, EWÁ MINA BEM BOSSO EWÁ (BIS)

III -    EWÁ BOMIN TIJÔ
            EWÁ BOMIN TIJÔ
            BOBOROMINA EWÁ
            BOBOROMINA EWÁ

8. NOCHÊ NAVEZOARINA – OXUM

I -         NAVEZOARINA E ZORÔ ZORÔ
Ê ZORÔ DONINDA

II -       NAVÊ NAVÊ
NAVÊ ZOZORINDA
ZOZORINDA ZOZORINDA
NAVÊ ZOZORINDA.

III -        É UMA SANJÁ
                É UMA SANJÁ
                ANANIN DE ORUMILÁ
                É UMA SANJÁ

IV -        NAVÊZOARINA É KAÔ KAÔ
                É KAÔ É KAÕ É KAÔ

9 - NOCHÊ AGBÊ - YEMANJÁ
Resposta: VODUN BEÔ
               
I -           OUDILÁ OU DI MANJÁ
                AGA SECILA OLO-ODÔ (Bis).

II -         OUDILÁ OU DI MANJÁ
                EÔ KÊKÊRÊ KÊKÊ (Bis)
                FLORI FLOFI OLO-ODÔ

III -        YA YÁ LODÊ DIAMANJÁ OSSI
                YÁ YÁ LODÊ DIAMANJÁ ODAN

IV -        OU DAN YAMANJÁ OU DAN
                OU DAN YAMANJA OU DÁ

V -          MANJÁ MANJÁ OU BOSSI NAUÊ
                MANJÁ ORISÁ.

VI -         AGBÊ AGBÊ AGBÊ SORORU
                AGBÊ JÁ CHEGOU AGBÊ SORORU

VII -       TEM TENTEREM TENTEREM DE SINHÁ AGBÊ
                SE NÃO FOSSE SINHÁ AGBÊ NÃO HAVIA TENTEREM

VIII -      AGBÊ AGBÊ ADORA ZOROGAMA(Bis)
               
VIIII -    NHEM NHEM NHEM NHEM
                AGBÊ ADORÁ
                ALÕ LÔ LÔ DOU

10 - TOY BADÉ  - XANGÔ
Resposta: VODUN BEÔ
               
I -           EU BEREI GARAPÉ, VODUN CHOROU NA GUMA
                BADÉ ÔRÔ NO JARDIM
                EU BEREI GARAPÉ

II -         EU BEREI GARAPÉ
                VODUN

III -        BADÉ JOROGAMA. Ô GAMA Ô Ô
                BADÉ ZOROGAMA. Ô GAMA Ô Ô

IV -        GAMA GAMA GAMA Ô      (bis)
                BADÉ ZOROGAMA
                GAMA Ô Ô

V -          KEVÊOSSÚ BADÉ ORÔ Ô
                KEVÊOSSÚ BADÉ CHORÔ Ô

VI -        BADÉ GAMA ZOROGAMA NA TANQUEIRA
                VIM DA GAMA TÔ NA GAMA NA TANQUEIRA

VII -      KUMBOU KUMBOU
                BADÉ OU MINA OLÉ
                KUMBOU IZOU
                BADÉ OU JALADAN

VIII        BOSSO NO AGUERÊ DAN?
                É NO Á FERIMAM

IX -        TÔ NO VERÉ EI EI EI         (bis)
                KOICIMBA ABÊ IZOU KOJI ATOU NO ERÊ
                BOSSO ANUM MIM DÊIA    (bis)

X -          UIMIBOU ERÊ, OPELEDAN SÓ UM (OGUM)                      
                ABOU ABOU KERÊ

XI -        TOY NO AGUERÊ VODUN
                TOY NO AGUERÊ É DAN
                TOY OPELADAN
                TOY AGUERÊ É DAN

XII -       KICIKI CINA DEINA
                NAVA JALA NUBELÔ                      (YANSÃ)
                OBÁ ILÓU
                NAVAJALA

XIII -      ÔH CIMIM CIMIM SOJALÁ
                AYRÁ BARRA GUAJÁ

XIV -     AÊ AÊ JAKINITOU
                ORISÁ                                                  (OGUN)
                NAVAJALA VODUN POFESSA
                JAKINITOU ORISÁ

XV -      FARA Ê FARA Ê AÊ
                SANGÔ UMADELÊ FARA Ê
                Ê PAMARIOLÊ Ê PAMARIOLÊ OKÊ
                A ORY NÃ ORY SANGÔ
                A Ê LÁ MIÓ KECÊ KECÊ
                OYA MESSÃ ORY BAJOU FARA Ê
                KABIÊCILÊ
                KAÔ
                Ê FARA OBÁ
                ÊPÊ ÊPÊ

XVI -     Ê PA Ê PA FARA BEÔ Ô
                TOY BADÉ OPOVIDERRON
                TOY BADÉ KEVIOSSÚ
                TOY VODUN ABIÉÉ

XVII -    AKIRI_É LÊ LÊ, AKIRI_É LÊ LÊ ORY SANGÔ
                Ê AMAÇACILA EUÁ AMASSI DÊ_OU

11 - NOCHÊ SOBÔ - YASSÃN
Resposta: VODUN BÊO
               
I -           Á NOCHÊ TEMÁ DEINHA
                DECHA TÁ KOMO OTÁ
                DEINHA OYÁ DEINHA
                DECHA TÁ KOMO OTÁ
                A OYO AKISSI KI SINÁDEINA

II -         DEINHA DEINHA
                DEINHA DEINHA                              (IANSÃ)
                AKISSI KI SINÁ DEINHA
                A OYÓ AKISSI KI SINA DEINHA

III -        OKÉ OKÉ HÔ TÁPA
                OKÉ EKOM DEINHA       
                OKÉ OKÉ HÔ TAPA
                MAMAN SOGBÔ TÁ NA DEINHA

12 - VÓ MISSÃ - NÃNÃ
Resposta: VODUN BÊO
               
I -           YÁ MISSÃ MISSÃ MI É
                BARÁ GANJÚ NU JAKUMÃ
                KÊ PÔ NÃNÃ BAMU LÊLÊ
                EU TÔ NA MINA DAHOMÉ

II -          KÊ PÔ NÃNÃ BAMU LÊLÊ
                KÊ MI PAPULOU
                SALUA NÃNÃ BAMU LÊLÊ
                KÊ MI PAPULOU

III -        OBAÍLA NA IKOU
                OMESSÃ KERÊ RÊ
                A UM DELÉ UM MANÁ IKOU
                OMESSÃ KÉ ERÊ RÉ

IV -       HÓ ÓZA ZAKÁ OU
                HÔ MISSÃ DERÊ NAN NAIKOU

V -          SEKÉ RERÉ OMÁ ÓZA ZAKÁ
                SEKÉ RERÉ OMÁ ÓZA KAÔ
                SEKÉ RERÉ OBAULA MAWU
                SEKÉ RERÉ OBAULA MAWU

VI -        AÊ DAN DAN
                OBAILA MAWU

13 - TOY LISSÁ - OXALÁ
Resposta: VODUN BÊO
               
I -           HÁ BO AROUBE, HÁ NO ARIUBE
                ÊPA ORY XAMOM GUIAN

II -         É DIMÃ MANJOU XOGUIÃN
                É DIMÃ MANJOU XOGUIÃN
                É ADORÊ Ê ADORÊ OU ILÁ LÁ
                Ê DIMÃ MANJOU XOGUIAN

III -        É UM ALÁ ROIÊ
                É UM ALÁ ROIÊ
                É UM ALÁ TOY LISSÁ
                É UM ALÁ ROIÊ

IV -       AMI SÉ TÚ ELÉ UM ALÁ
                AMI SÉ TÚ ELÉ UMALOU
                Ê Ê VODUN XOROU
                AMI SÉ TÚ ELÉ UM ALÁ

V -         ADOU IFÁ NHEM NHEM
                AMADOU Ê IÔ BOU
                ADOU IFÁ NHEM NHEM
                É OLOFIM JALOU
                ADOU IFÁ NHEM NHEM

VI -        ORISALÁ É MIMA GUEM GUEM
                É AMADÊ Ê Ê AJOKOU
                OU LUFAN TOPERINAN
                Ê AMADÊ Ê AJOKOU

VII –      ORIXALÁ, DAI-ME AGÔ ILÊ
                O DONI LEULEULEU, DONI LEULEULEUÔ

VIII -     ORIXALÁ PELO AMOR NIJÉ
                AGÔ AGÔ ALÁ
                ORIXALÁ PELO AMOR NIJÉ
                AGÔ AGÔ ALAAAÁ

IX -        ORIXALÁ DAQUÊ QUÊ
                BABA MIN SIALARÊ
                ORIXALÁ PELO AMOR NIJÉ
                AGÔ AGÔ ALAAÁ

X -          É UM ALÁ LÁ ÊÊÊ
                CHORO BABI CHORO
                ORONI BABA CONJARÊ

14 - ENCERRAMENTO

AVANINHA AÊ AÊ TO NA MINHA MOÊ ZZAN
MOÊ ZZAN MOÊ ZZAN
FARRAVODUN E MAIOR
SEKÉ RÉRÉ E DA GUMA SORORO SEKÉ RERÉ LISSA VODUN MAIOR.


Por. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ
Historiador. Diego Bragança de Moura.                      

Fonte:

ACALUZ