Em 27 de junho de 2018, faleceu uma Jovem por nome Sara, no interior do Estado do Pará, no Arquipélago do Marajó, extremamente saudável. Pela manhã, do mesmo dia, ela participou da festinha da escola de sua filha.
A tarde, por volta das 15h00, foi pescar na beira de um lago, próximo de sua casa, sozinha. E quando lá chegou, viu que tinha algo que saia da água, colocava a cabeça do lado de fora, fazia um barulho estranho e ficava olhando para ela e mergulhava novamente.
Ela achou que podia ser um animal qualquer. Porém, sentiu uma pontada no peito e na cabeça, com dores intermináveis. Procurou a unidade de saúde que fica próximo a casa dela, e lá fizeram todos os exames iniciais de emergência. E estava tudo normal: Pressão, glicose, temperatura, batimentos.
Mas algo inusitado aconteceu, o enfermeiro plantonista, que é da Umbanda, se incorporou ao ver a moça berrando aos gritos, dizer que tinha uma voz chamando-a para ir ao lago:
"Ele ta me chamando - eu já vou... Já tô indo meu pai! dizia Sara aos gritos e prantos.
O caboclo que baixou, seu Rompe Matas, estava fazendo de tudo que podia para ajudar a moça... Ela havia sido "flechada" pelo dono do lago, onde ela não pediu licença para pescar, disse o caboclo.
Acredita-se, e os mais velhos e sábios explicam, que para adentrar rios, lagos e florestas, deve-se pedir permissão, pois em cada lugar existe um guardião sagrado.
O corpo dela ainda está no posto de saúde, estão todos desolados. A jovem Sara veio a óbito ao amanhecer, o trabalho de tentar recuperá-la durou a noite toda, e o caboclo, Sr. Rompe Matas não abandonou um só minuto, fez tudo que pode: passes, defumações, unguentos. Mas ela já chegou tarde de mais.
O Arquipélago do Marajó, assim como a floresta amazônica como um todo, ainda guarda seus segredos.
Ela morreu instantaneamente, sem infarto fulminante, sem dor. Apenas morreu quieta deitada nos braços do Caboclo que lhe amparou.
Aos 23 anos de idade, deixou uma filha pequena para a avó.
Meus sinceros respeitos a entidade que prestou todo atendimento dentro do posto médico. Conforto no coração da família. Isso é o segredo do sobrenatural que ainda existe.
O Caboclo Rompe Matas antes de partir deixou um recado a todos:
"Meus filhos, nunca entre na casa de ninguém sem pedir permissão, bata palmas, peça licença, peça o seu agô".
Doutrina:
Entrou na mata sem pedir licença
A Cabocla Jurema não lhe deu agô
na mata virgem também tem seus orixás
E a Cabocla Jurema é Rainha do Juremá.
(doutrina da Umbanda Sagrada que dispensa traduções).
E o Caboclo Rompe Matas, finalizou com o seguinte fundamento:
"Ela foi, mas ela vai voltar..."
Por. Adriano Figueiredo em 27/06/2018
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