quarta-feira, 27 de outubro de 2010

História do Hino da Umbanda



Queridos irmãos Umbandistas,

Acredito que todos já tenham ouvido em seus Terreiros este maravilho Hino de nossa amada Religião.
Talvez alguns Umbandistas ainda não o conheçam, e para estes, registramos a letra no banner ao lado, que fica fixo no blog, e abaixo um pouco da História do Hino da Umbanda.
Caso queiram ouvir poderão fazer o Download do Hino nos padrões: MP3, Real Áudio e WMA na seção de multimídia do site Estudando a Umbanda - http://umbanda.ezdir.com.br.
Pois bem, meus irmãos, este hino maravilhoso, que fala de Paz e de Amor, que faz com que fiquemos arrepiados de emoção, quando é executado, infelizmente não possui suas origens conhecidas, provavelmente por quase 99% dos Umbandistas.
Para entender a Música devemos saber que a mesma está ligada a história de seu autor: José Manuel Alves, nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, este Leonino, já em sua terra natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocando clarinete na Banda Tangilense, em sua cidade natal.
Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no interior do Estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos, aposentando-se como capitão.
Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga entre outros.
Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha “Pombinha Branca” de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado “Quarto Centenário”, de sua parceria com Mário Zan.
Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais. Em 1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o “LP”, acompanhado de sua banda, sendo a gravadora a RCA Victor.
Mas… e a Umbanda? Aonde entra? Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, “Saravá Banda” gravado em 1961 por Otávio de Barros, “Prece a Mamãe Oxum” gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: “Pombinha branca” (com Reinaldo Santos), “Ponto de Abertura” (com Terezinha de Souza e Vera Dias), “Ponto dos Caboclos”, “Prata da Casa”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Xangô Rolou a Pedra”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “São Jorge Guerreiro”, “Saravá Oxóssi”, “Homenagem à Mãe Menininha” (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.
Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores da Umbanda.
Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no encontro da mente com o coração …
O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU - Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.
Podemos nesta pequena história ver que este hino é fruto de um Amor muito grande pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.
Vamos prestar então nossa Homenagem, agradecendo a Deus e ao Mestre Oxalá, a oportunidade de poder cantar este Hino e ao seu autor, José Manuel Alves, que mostrou com este Hino que a Luz da Umbanda, esta Luz Divina, atravessa todos os obstáculos e é capaz de iluminar a existência de cada um de nós! Sarava Umbanda!

Postado Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ
Pesquisa: Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ
Fontes de consulta:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Feitiço com Sapo Cururú



A foto em destaque é de um sapo cururu em perfeito estado e que são usados em ritual de magia.



O caso que aqui descreverei é verídico e comprovado com foto, conforme vemos acima...

Aconteceu com um amigo meu de Cachoeira do Arari na Ilha de Marajó, cujo nome não precisa ser comentado, passou por uma situação difícil esta semana, achou nas dependências de sua residência um sapo do tipo "CURURU" (bastante conhecido em nossa região). O nome cururu é originário da língua tupi, onde kuru'ru é a designação popular dada aos grandes sapos do gênero Bufo. O referido sapo estava sem os olhos e sem a língua...

Este é um feitiço clássico e pode ser usado de várias formas (de muita maldade) contra as pessoas. Uma das práticas mais conhecidas é a de escrever um nome no papel, colocar dentro da boca de um sapo e costurar a boca do animal, esse ritual traz desgraças em geral para a pessoa que teve seu nome utilizado no referido ritual. Ou, em outros casos, segundo alguns feiticeiros conhecidos em nossa região, cria-se o sapo como sendo a pessoa a quem se quer atingir, batizando-o com água benta dentro de uma igreja católica, na pia batismal, dando ao sapo, o nome completo da pessoa a que se quer atingir, e tratando-o como se fosse realmente a pessoa, com comida e bebida... Após alguns dias, faz-se o ritual de magia, arrancado-se os olhos e a língua para que este não possa mais enxergar e nem muito menos comer. O sapo deve permanecer vivo... O cuidado de deixa-lo vivo é justamente para que este sofra até a morte sentindo dor, fome, sede e desespero. Pois a magia não para apenas nisso, o sapo é colocado em uma gaiola ou caixa, em sua frente é colocado comida e água. Assim a pessoa a qual o sapo foi relacionado passará pela mesma agonia, sentirá fome e sede e não conseguirá beber e nem comer, até chegar a óbito após muito sofrimento, perda de peso, o corpo fica pele sobre os ossos. Geralmente quem é atacado por um feitiço com sapo cururu, morre de câncer no estômago, queda de cabelo, falta de apetite, excesso de sede sem poder tomar uma gota d'água.

Meu amigo, me informou somente uma semana após o acorrido, dizendo que ficou sem saber o que fazer na hora, unica coisa que ele fez de diferente foi tirar uma foto para mostrar a todos... pegou o sapo com uma sacola plástica, o sapo já estava na beira da morte e jogou para um lugar longe de sua casa para que não viesse a dar mau cheiro...

Em nenhum momento ele atentou que poderia ser um feitiço para ele ou para alguém na sua família.

Expliquei que o certo era ter chamado alguém da nossa religião e informasse do ocorrido. Com certeza alguém saberia o que fazer com o sapo cego e sem língua. Agora meu amigo está em casa acamado, está bem, está fazendo tratamento espiritual, já passou por alguns rituais de limpeza e ebós de quebra feitiço... Não posso relatar muita coisa a pedido dele, mas peço, se passarem por esta situação procurem alguém que entenda do assunto antes de tocar na magia feita. Pois, não se sabe o prejuízo que ela causará.

Estamos abertos a perguntas com resposta enviadas para o e-mail pessoal de cada um, tirando dúvidas a cerca do que fazer quando se deparar com um feitiço desta grandeza.

Texto. Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ.