domingo, 27 de dezembro de 2009

Cantando Para Boiadeiros

Começa abaixo cantos para boiadeiros e são destinados aqueles boiadeiros cultuados no Estado do Pará. quando me refiro a Estado do Pará, me refiro aos cultuados dentros das casas de Umbanda das quais pesquisamos as cantigas, ou seja, podem diferir de outras regiões mas a mensagem que realmente queremos passar aqui é de conhecimento, amor, paz, acima de tudo trocar informações, em hipótese alguma queremos entrar em discursão do tipo a quem pertence ou não cada canto. Vale ressaltar também, que os cantos irão estar destinados a um determinado caboclo boiadeiro, mas para quem conhece o Pará e as cantigas sabe que a maioria delas serve para uma determinada linhagem, isto é, basta trocar o nome do boiadeiro na hora de cantar e tudo fica animado e firme de força e fé. Espero que tenham entendido minha mensagem.

I
Aê Codó terra querida, aê codó...
Aê codó de minha vida, aê codó...
Chegou agora do codó, aê codó...
Ele(ela) não vem falando só, aê codó...

Aê codó terra de Umbanda, aê codó...
Aê codó vence demanda, aê codó
Chego agora do codó, aê codó
Eles não vem falando só, aê codó...

Aê codó, aê codó, vem da mata do codó
Aê codó, aê codó, vem da mata do codó

Oh que mata bunita é do codó
Oh que mata bunita é do codó...

II
Mearim, mearim, mearim codó
Mearim, mearim, mearim codó.
Codó não é Mearim, Mearim não é codó.

III
Veio de longe só pra lhe ver...
Veio de longe, vem da mata do Codó
Ele(ela) se chama Seu Manezinho(...), a ele é filho de José Légua Boji...
Boji, Boa, Boji, Boa.

IV
Lá no oriente, no oriente uma estrela brilhou
Foi lá no codó, que a familia de légua raiouooô
Ele é neto de Pedro Angaço, filho de Légua Boji
Na canoa de seu pai, ele viu a estrela brilhar, ele viu a estrela brilhar(bis)

V
Se eu nascesse no Pará
Eu era paraense
Se nascesse no Ceará
Eu era cearense
Mais na nasci no Maranhão
Sou eu Caboclo Maranhense

VI
Boiadeiro cadê sua boiada
Boiadeiro cadê sua boiada
Minha boiada ficou em Belém
Chapéu de couro ficou lá também
sem minha boiada ele não é ninguém.

VII
É boiadeiro, é boiadeiro
É da sua boiada
É boiadeiro, capamgueiro, feiticeiro
Ele é boiadeiro ele é camarada

VIII
Vou vender minha boiada por 50 tustão
Vou comprar uma viola para meu bem fazer canção
Viola meu bem, viola.

IX
Familia de Légua tá toda na eira
Familia de Légua tá toda na eira
Tomando cachaça, quabrando barreira

X
Você diz que não se assusta,
Você diz que não tem medo
Meu pai Légua faz visagem lá no tabuleiro
Lá no tabuleiro
Lá no Tabuleiro
Meu pai Légua faz visagem lá no tabuleiro.

XI
Povo de Légua...
Faz cachaça numa semana para beber (bis)
Segunda ele planta cana
Na Terça Cana nasceu
Na Quarta Cana cresceu
Na Quinta eu corto a cana
Na Sexta vou amaçar
No Sábado para destilar
No Domingo já tem cachaça na cuia para beber
Povo de Légua vamos beber.(bis)

XII
Maranhão é terra de macumba(bis)
Eu deixei macumba lá
Vim baiar neste congar(bis)

XIII
Queria ser vaqueiro na porteira do curral
Minha vara de ferrão
Minha corda para laçar...
Laçar boi, boiada(bis)

XIV
Codó aê codó, terra de mouro
Onde seu pai nasceu
Codó aê Codó
José Pretinho filho de Légua Boji, Aê codó...

XV
Vai dizer o seu nome para saber lhe tratar
É Zé Pretinho Boji,
Filho de Légua Boá

XVI
Acende uma vela na porta
Tu não vai eu vou só
Eu tô esperando, boiadeiro do Codó

XVII
Touro e cavalo brabo ele amansa(bis)
Ele não tem medo - Da onça(bis)
Ele não tem medo
Ele saiu da mata, de manhã bem sedo
Touro e cavalo brabo, ele faz é brinquedo.

XVIII
Ele veio no clarão da lua, veio montado em seu alazão
É boiadeiro, José Pretinho ele não é feiticeiro não(bis)

XIX
Zé Pretinho é caboclo faceiro(bis)
Só anda montado no morro de areia
Só anda montado em cavalo alheia
Zé pretinho ele é preto nego(bis)
Só anda montado, no morro de areia
Só anda montado em cavalo alheia

XX
Ele vai deixar esta vida de vaqueiro
Porque esta vida só lhe dá muito trabalho
Ele procurou, na campina, procurou
Na malhada não encontrou, a beleza do seu gado
Ele vai deixar esta vida de vaqueiro
Porque se sente um vaqueiro apaixonado
Ele laçou boi, na malhada laçou boi
Na boiada só encontrou a beleza do seu gado.

XXI
Carrega seu facão
Mas não é por desaforo
Aonde mata o boi
Lá mesmo ele tira o couro

XXII
Boiadeiro novo
Boiadeiro camarada
Veio de longe para lhe abençoar
Ele se chama, José Pretinho
Ele é filho de José Légua Boa

XXIII
Boiadeiro que é boiadeiro
anda de laço na mão
Boiadeiro que é boiadeiro
Tem seu valo alazão

XXIV
Ele é fazendeiro(bis)
E a marca do seu ferro
Ora é ruin, ora é ruin
Seu gado se sumiu
Ora se sumiu, desapareceu
Pergunta a Légua se não seu gado por ai(bis)

XXV
Lá na mata do codó
Por de trás de um pé de arueira
Eu via vulto passar, eu via vulto correr
Era Zé Raimundo que vinha pro Pará

XXVI
Já baiou, já baiou
Vai embora pro Maranhão(bis)
Vai levar sua boiada
Pra passar no boqueirão

XXVII
Daqui para sua casa são sete léguas,
Por mar ou por terra São Sete léguas,

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Canto para Cabocla Mariana

I
Que barquinha é aquela,
Que vem lá no alto mar,
Que barquinha é aquela,
Que vem lá no alto mar,
E o letreiro que ela trás,
É de Mariana nas ondas do mar,

II
É ela a arara cantadeira(bis),
Chegou dona Mariana Rainha das curandeiras,
A arara cantadeira, Arara.

III
É a Cabocla Mariana,
Mora nas Ondas do Mar (bis)
E aê, aê, faixa encarnada
Faixa encarnada ela ganhou para guerrear(bis)

IV
Lá fora tem dois navios,
No meio tem dois faróis,
É a esquadra da Marinha Brasileira, ô Mariana
Lá na praia do lençou.(bis)
Ela é Marinheira, ela é Marinheira
Ela é revoltosa da Marinha Brasileira.

V
Sentou praça na Marinha
Mas não foi pelo dinheiro,
Foi só pela simpatia
Da farda do marinheiro

VI
Mariana, Mariana
Teus cabelos fios de ouro, (bis)
Na barra de sua saia Mariana,
Tem bordado prata e ouro.

Canto para Cabocla Juliana

I
Quando a maré vazar,
Vem ver Juliana,
Quando a maré vazar,
Vem Ver Juliana,
Vem ver Juliana aê,
Vem ver Juliana êa.

II
Juliana na Beira do Rio,
Juliana na Beira do Mar,
Boboromina chegou agora,
Juliana na Beira do Mar.

III
Boboromina aê, aê,
É Juliana ela chegou agora,
Boboromina aê, aê,
É Juliana ela chegou agora,
Veio rolando na folha seca,
Veio rolando no romper da aurora.

IV

É Juliana das águas correntes,
Ela vence tambor,
tambor não lhe vence (bis)

Canto para Turcos Encantados

I
Seu Turquia vamos ao mar
Correr o mundo em geral (bis)
Ora vamos louvar a maria
a Verer Pombo do Ar.(bis)

II
Fala Vodun Sr. João Marambaia
Prenderam o Turco nosso Rei do Paraguai
Vodun Chorou
No romper do dia
Prenderam o Turco Sra. Dona Maria(bis)

III
O Sino da Turquia já bateu(bis),
Bateu, amanheceu, e os belos turcos apareceu.

IV
Rei da Turquia já issou sua bandeira (bis)
Venha ver como é bonito ver seus filhos na trincheira(bis)

V
Minha espada, joguei no mar(bis)
Cadê minha espada que ganhei para guerrear(bis)
Eaêaê, guerrear, Eaêaê, guerrear, Eaêaê, guerrear


VI
Meu pai me deu uma pedra, uma pedra de brilhante (bis)
Mas sou teimerosa
Vim pro Pará
Eu peguei a pedra
Eu joguei no mar

Cantando e Doutrinando


Este novo porst é sobre os cantos aos caboclos, isto é, as doutrinas cantadas dentro do ritual de Umbanda no Estado do Pará. Teremos doutrinas para: Boiadeiros, Turcos, Bandeirantes, Sarrupiras, Marinheiros, cantos de Chegada e Despedida, Defumação, e também especificamente para Cabocla Juliana, Caboclo Banzeiro Grande, Caboclo Borboleta, Dona Mariana, Dona Herondina, Dona Jurema, Dona ItaTaquara, e outros e quissá aos pedidos de cantos através de e-mails e comentários.
A Cabocla Juliana, entidade que nos acompanha durante grande parte de nossa vida mediúnica, certa vez escreveu: a música é, de todas as artes, a que mais fala à alma. Assim, podemos encontrar, por dentro de toda religião, de toda espiritualidade, esta manifestação que é o que faz verdadeiramente a unidade dos povos.
De fato, a música está muito além da mera arte de combinar sons e o talento para sua reprodução não está nem um pouco voltado somente ao prazer profano dos ouvidos, ou das lembranças e sentimentos que ela possa eventualmente evocar.
A Umbanda possui em seu sistema de ritos várias formas de se encontrar a harmonia e sua diversidade se expressa também no modo como nossa comunidade canta, dança e louva. E na Umbanda da atualidade o rtitmo percutido através dos tambores é extremamente necessário e salutar quando executados com inteligencia, conhecimento e cuidado. É importante tocar e não bater, Cantar e não gritar.
A Umbanda ensina liberdade através da multiplicidade de ritos que  proporciona a quem quer buscar o Espiritual. Existem  ritos com e sem tambores, com outros instrumentos de várias culturas, com palmas, apenas com a voz etc. Mas sempre com essência e responsabilidade. Somos unidos pela música, essa música das esferas.
A Umbanda ensina sem falar: Nos ensina tocando, cantando, dançando...
Celebrando, a Umbanda nos liberta. Sem alarde, sem  trauma, como uma mãe, cantando para seu filho despertar.

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

sábado, 19 de dezembro de 2009

Banho de Elevação

Este banho trabalha certas energias de ordem psíquica, podendo trazer sérios distúrbios se o médiun que for usá-lo não estiver nas condições citadas. É capaz de ligar o médiun com seu interior, fazendo-o elevar-se a níveis superiores de consciencia, sendo por isso um elo de ligação com seus mentores espirituais.

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.

Banho de Fixação

Uma das mais importantes práticas para o bem estar físico e espiritual são os banhos ritualísticos. Preferimos denominá-los assim, visto que existem banhos com propóisitos diferentes do popular-mente conhecido como "banho de descarrego", desta forma existe uma grande diferenciação.

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.

Banho de Iniciados

Utilizado para aqueles egressos ou não dos terreiros que ainda "não" recebem manifestação integral do espírito(Caboclos, Guias, Orixás, ou Chefes de Cabeça), propicia equilibrio entre a aura do corpo mental e do corpo astral e equilibra a incorporação das entidades nos médiuns. É a aura do chácara central que está sendo equilibrada e limpa para passagem da energia do espírito que vibrará em conjunto com a energia do médiun. É um banho para ser usado com muita cautela, pois para cada cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma planta ou várias plantas, num conjunto ritualístico. Um exemplo é o Banho do Amaci. Muito utilizado em terreiros de Umbanda, dentro da Lei de Umbanda.

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.

Banho de Ritual

É o banho para os trabalhadores de terreiros que recebem os Guias (médiuns de incorporação). Esses banhos têm a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando e revitalizando as funções psíquicas para um excelente trabalho de ritualização dos Guias Espirituais e é também recomendado para ativar e afinizar as forças dos caboclos, Orixás, Protetores de cabeça e do Anjo da Guarda.

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Poder das Ervas Sagradas II


A seguir a segunda parte do estudo sobre o Poder das Plantas e Ervas. Aqui veremos mais uma vasta coletânea de ervas e suas funções energéticas.

1. COLÔNIA ou COLÔNIA DO NORTE: Uma das folhas mais importantes e utilizadas na umbanda e candomblé. Tem como principal característica litúrgica ser o maior contra Egum que existe.
Formas de uso: Defumação e Banho.
Orixás: Yemanjá e Oxalá
Características: Folhas grandes, lisas e longas de coloração verde.


2. GUACO, ERVA DE COBRA ou CIPÓ CATINGA: Esta erva veio do Peru e era utilizada pelos incas contra picadas de cobras e de insetos venenosos usando uma folha para uma xícara de água. Os índios utilizavam a folha do guaco em banhos para afastar a cobra humana. Da folha desta planta prepara-se xarope de bom efeito contra a bronquite e as tosses rebeldes (derrete-se o açúcar junto com as folhas picadas, acrescenta água e ferve até engrossar, pode adicionar mel no final) 
Formas de uso: chá, xarope e banho.
Orixás: Oyá
Características: Planta trepadeira com folhas totalmente verdes e de espessura mais grossa, flores brancas.

3. MÃO DE DEUS: Muito receitada para combater vícios de drogas (cigarro, bebida, etc) utilizando na forma de chá, também se utiliza muito em rituais de sacudimento e em pó. Coloca sob o travesseiro para fazer dormir. O fruto maduro, por infusão, é usado contra hemorroidas. 
Formas de uso: Chá, pó, sacudimento.
Orixás: Oxalá
Características: Cipó muito comum em terrenos abandonados, suas folhas lembram a palma de uma mão divididas em cinco lobos, flores amarelas.

4. TERRAMICINA ou PERNA DE SARACURA: Bom para infecções, internas ou externas, excelente depurativo do sangue, utiliza-se em forma de chá de hora em hora ou de 2 em 2 horas. A exemplo do guaco também é utilizado contra picadas venenosas, e antibiótico. 
Formas de uso: Chá
Orixás: Xangô e Yansã / Oya.
Características: Caule e folhas arroxeadas. 

5. MANJERICÃO: A erva boa pra tudo, esta é a melhor definição do manjericão que é bastante conhecido na cozinha em forma de cozimento.Tem como principal característica litúrgica o poder de elevação espiritual por isso é muito utilizada em banho da coroa, amaci.
Formas de uso: Banho e chá.
Orixás: Oxalá.
Características: Pequenas folhas ovais arredondadas de coloração verde clara  inflorência  (o eixo principal cresce mais que os laterais e termina com uma gema apical que frequentemente produz novas flores) em espigas.

6. ABRE CAMINHO ou PERIQUITINHO DE OGUM: Sua aplicação é também de cunho litúrgico. Nas formas de banho de defesa, sacudimento e defumação, com o principal objetivo de abrir os caminhos seja no trabalho ou na vida pessoal. Os pós feitos de suas folhas secas e triturados servem para misturar no pó de pemba ou pó de abre caminho. Também se usa a folha seca no meio da carteira profissional ou da carteira (a exemplo do acocô) e o correto é devolver a folha de onde foi retirada.
Orixás: Ogum
Características: Folhas bem finas e de coloração roxa de um lado e verde do outro.

7. EGENDA: Esta planta tem a excelente função de auxiliar o desenvolvimento dos novos médiuns, usado em banhos. Tem o poder de trazer logo os guias do filho de santo. 
Formas de Uso: Banho antes dos trabalhos.
Orixás: Ogum
Características: Planta rasteira, com folhas de coloração verde e rocha, geralmente verde por cima e roxa por baixo, mas podendo variar.

8. GUINÉ, PIPI ou AMANSA SENHOR: Uma erva muito utilizada por caboclos e pretos velhos em suas mirongas. Excelente para banho de descarrego e sacudimento. Usa-se colocar uma folha sob o pé para atrair coisas boas. Importante, seu uso interno é altamente restrito, apesar de ter funções medicinais, as doses teriam que ser mínimas e muito bem administradas para não causar efeitos nocivos que podem levar inclusive a morte. Externamente, o guiné tem diversas aplicações analgésicas. Emprega-se as folhas machucadas, em compressas, para acalmar as dores de cabeça, dores reumáticas, etc. 
Forma de Uso: Banhos e compressas externas, proibido uso interno.
Orixás: Oxossi
Características: Sub-arbusto de até de um metro e meio de altura, ramos eretos, folhas médias e verde clara.

9. LOURO: Outra erva muita conhecida nas cozinhas, como condimento e tempero e que também tem qualidades litúrgicas e medicinais, no ritual é muito utilizada em defumação e banho para atrair prosperidade. Tem bons resultados para combater a ausência da menstruação (amenorreia) em forma de chá, ou no combate da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre as partes doloridas. 
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yansã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
As folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se estivessem secas.
#ACALUZ

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.
Diego Bragança de Moura - Prof. Historiador da ACALUZ.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Associados da ACALUZ

Somos da Familia ACALUZ, e esperamos por você aqui conosco. Axé e Luz a Todos.

Adriano Figueiredo - Presidente da ACALUZ
_______________________________________________________

David Gemaque - Vice-Presidente
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Carlos André - Diretor Financeiro
_____________________________________________________


Renata Luanny - Relações Públicas e Édipo Beltrão - Diretor Cultural
_____________________________________________________

Maria Auxiliadora - Zeladora do Sede da ACALUZ
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Gilson da Silva - Associado
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Afonso Oliveira - Associado e Colaborador
_____________________________________________________

Alex Costa do Espirito Santo - Associado
_____________________________________________________


Diego Bragança de Moura - Pesquisador e Colaborador
_______________________________________________________


Edilson Souza - Associado, Abatazeiro - Falecido em 23/04/2011
_____________________________________________________

 
Dimáx Bahia - Associado
_____________________________________________________

E. V. L. - Falecido no dia 13/11/2014
_____________________________________________________


Eliel Pamplona - Associado e responsável pelo "Boi Gaiato - manifestação folclórica da ACALUZ"
_____________________________________________________


Lucas Costa - Associado
_______________________________________________________


Maria Gemma - Associada e Artesã da ACALUZ
________________________________________________________

Marluci Santos - Associada e Cambone
_______________________________________________________


Josedir Pereira - Associado - Cambone
_____________________________________________________


Nubia Costa - Associada
_____________________________________________________


Paulo Tadeu - Associado e Colaborador
______________________________________________________


Pedro Henrique - Associado e Abatazeiro
______________________________________________________


Jorge Rafael - Diretor Executivo da ACALUZ
______________________________________________________


Weverton (cognome-Tom) - Associado e Zelador de Santo
______________________________________________________


Vanete Pereira Rodrigues - Associada, Assessora Técnica da ACALUZ
_____________________________________________________


Aldo Seabra Jr. - Associado
___________________________________________________


Anderson Figueiredo - Associado e Colaborador
____________________________________________________


Bráulio Miranda - Associado e Cambone

______________________________________________________

Cleverson Gama - Associado e Colaborador - Falecido
_____________________________________________________


Marcela Brito - Associada
_____________________________________________________


Marcio Lima - Associado e Cambone
____________________________________________________


Natanny Mello - Associada e Colaboradora
_______________________________________________________


Nochoa Assunção - Associada
______________________________________________________


Pamela Franco - Associada
_____________________________________________________


Marciel Souza - Associado
____________________________________________________



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Saúde é fundamental

Iremos dar inicio a partir de hoje em um novo post Chamado de Cuidando da Saúde, neste caso, através dos conhecimento das ervas difundidas pelos indios, Caboclos e Encantados dentro do culto da Umbanda, arte essa, milenar em várias religiões e cultura do mundo. vale ressaltar, que as dúvidas quanto as ervas é só deixar um comentário que postamos as imagens das ervas e indicamos locais existentes.


Para Feridas Crônicas provocadas pelo sangue, serve também para inflamações:

Tratamento:
- 1 Colher de Café de Folhas de Pariri Seca e triturada;
- 1 Colher de Café de Folhas de Pião Branco Seca e triturada;
- Três Lascas de Casca de Copaiba da espessura de um dedo;
- 1 Colher de Café de Folhas de Graviola Seca e triturada;

Modo de Preparo:
Colocar meio litro de água para ferver bastante, apagar o fogo, adicionar as ervas e as cascas, tampar e deixar de molho para liberação da assência, em seguida colocar em uma jarra ou garrafa ambas com tampa acrescentar mais meio litro de água, colocar na geladeira e tomar feito água.

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

sábado, 12 de dezembro de 2009

Banho de Limpeza e/ou Descarga

Como o próprio nome diz, serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a preciptação de fluidos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo e outros. Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outros ou em locais onde estiverem os médiuns. Pode ser utilizado por qualquer adepto da Umbanda, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais.

Tipos de Banhos:
1. Este serve tanto para a pessoa quanto para jogar na residencia e considera-se o mais simples em termo de material, porém um excelente banho.

Material para uma pessoa ou casa:
03 - Punhados de Sal Virgem.
1/2 - Vidro de Amoniaco/ amonia.
02 - Litros de Água.

Modo de Preparo e uso:
Misturar todos os igredientes, tomar banho com sabão grosso e jogar do pescoço para baixo, sempre falando palavras com ordem (ordenação) e fé, tipo: Vida, Saúde, Fartura, Progresso, Paz, Prosperidade, Dinheiro, (palavras positivas). Axé no final de cada palavra.

Tipos de Banhos:
2. Este é uma grande descarga, envolve um pouco mais de material, porém de grande energia para aquelas pessoas e casas muito carregadas de espiritos e invejas ou trabalhos feitos.

Material para pessoas ou casa
07 - Espadas de São Jorge
21 - Folhas de Cipó D' Alho
21 - Folhas de mangueira
07 - Limão Galego/Grande
07 - Cabeças de Alho
03 - Garrafa de Cachaça
03 - Vidro de Amoniaco
03 - Pacote de Tabaco Extra Forte
01kg - Sal Virgem
10 - Litros de água

Modo de Preparo e Uso:
Tem de fazer um dia antes do uso. Em uma grande panela, acrescentar todos os materiais exceto a Cachaça, o Amoniaco e o Sal Virgem, ferver bastante até soltar bem a excência das ervas e igredientes, deixar esfriar e pôr no sereno, pela manhã acrescentar o restante do material e jogar na casa de trás para frente, dizendo as seguintes palavras: Sai Olho gordo, Sai Inveja, Sai Preguiça, Sai o Trabalho Feito, Sai Espirito ruin, Sai Miséria, Sai todas as coisas ruins desta casa (sempre repetindo até chegar na frente da casa). Em seguida tomar banho normal e depois jogar o banho do pescoço para baixo, dizendo: Vida, Saúde, Prosperidade, Paz, Progresso, Dinheiro, Dizendo sempre axé no final de cada palavra. Este banho fica bem mais forte quando ministrado por um pai de santo ou caboclo incorporado no médiun (depois de alguns minutos com o banho no corpo tomar novamente banho normal). Juntar todas as sobras e despachar em um lugar que você não passe mais.

Obs1. É importantíssimo que todos os moradores da casa estejam presentes para tomar o banho.

Obs2. Estes banhos foram ensinados pela entidade Preto Velho Pai Joaquim

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

O PODER DAS ERVAS SAGRADAS I

UTILIZAÇÃO EM BANHOS E DEFUMAÇÕES


O Banho é a renovação do corpo e da alma, pois quando o corpo se sente bem e se acha refeito do cansaço, a alma fica também apta a vibrar harmoniosamente. Os antigos hebreus já usavam as abluções, que não deixavam de ser banhos sagrados. Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso do banho em seus seguidores. O batismo nas águas ministrado por São João Batista, no Rio Jordão, era um banho sagrado, pois o batismo nas águas é o banho mais natural (e porque não o primeiro banho purificador dos homens nos dias de hoje, afinal, se batizam crianças ainda pequenas) que conhecemos, purificador do espírito, da mente e do corpo. Os banhos sempre foram um potente integrante do sentimento religioso, haja vista os povos da Índia milenar serem levados a banhar-se nas águas do rio sagrado, o Ganges, cumprindo assim parte de um ritual que, para eles, é indispensável e sagrado.

Em todo o mundo, desde as mais antigas civilizações, são utilizadas plantas, raízes, sementes e ervas das mais variadas, tanto em forma de defumação, como para banhos purificadores, protetores e de cura. Abaixo, algumas ervas, seus poderes e como são utilizadas na Umbanda, as fotos das ervas estão lincadas em seu respectivo nome, é só clicar e ver a foto.

1. Alfazema:
Planta de cheiro agradável e penetrante. Tem ligação com o sexo feminino e serve como purificadora, atrativa para os negócios e para o amor. Na Umbanda é ligada a Oxalá. A planta queimada sozinha limpa o ambiente e atrai prosperidade, bons negócios e pessoas amigas.

2. Alecrim:
É utilizada em ambientes comerciais em forma de defumação para limpar, descarregar e atrair clientes. Se aliada a alfazema, purificará o comércio e atrairá clientes diversos. Usado como banho, este deve ser tomado da cabeça para baixo como protetor e purificador.

3. Alfavaca:
Alguns a têm como erva de Exu, outros como de Oxalá. Independente do Orixá, é uma planta atrativa, pois, ao mesmo tempo em que limpa nossa aura, também atrai bons fluidos de saúde e prosperidade.

4. Arruda:
Quem ainda não ouviu falar sobre o poder da arruda? Planta de aroma forte, é purificadora de primeira linha. Descarrega o ambiente onde for queimada e limpa a aura em forma de banho. Na umbanda é tida como erva de Oxóssi. Aliada a alfazema e alecrim, seu poder triplica, pois tira do ambiente onde for usada qualquer influência estranha ou negativa. Muito utilizada por mães de santo e pelas benzedeiras para cuidar de crianças e adultos. Se colocados alguns galhos em um ambiente, eles murcharão assim que alguma energia negativa entrar no mesmo.

5. Alho:
Além de ser conhecidos em todas as cozinhas do mundo, sua força mágica é poderosa. Afasta os visitantes noturnos do astral e, além de ser um antibiótico fisico, é também um antibiótico astral, limpando ambientes em forma de defumação, colocado sobre as soleiras das portas. Aliado com a palha da cebola, pó de café e cânfora é defumador que elimina as larvas do astral e as más influências de um ambiente.

6. Bambu:
As folhas de bambu usadas na forma de maço, batidas pelas paredes, móveis e portas, limpam o ambiente das influências nocivas de desencarnados negativos e errantes. Queimando suas folhas podemos limpar o ambiente e, se juntarmos um pouco de pó de café, seu efeito se tornará mais possante.

7. Espada de São Jorge:
Dedicada ao Orixá Ogun, Exu e Yansã. É uma das plantas mais conhecidas dos brasileiros, juntamente com a arruda. Um vaso de espadas atrás da porta principal tem o poder de defender contra o mal. Duas espadas cruzadas e pregadas atrás da porta bloqueiam as pessoas de intenção duvidosa e as influências negativas. Em forma de banho purifica e protege e pode ser aliada ao Alecrim, Arruda, Alfazema e Guiné, tornando-se um banho muito conhecido na Umbanda e de forte poder.

8. Guiné:
Planta do orixá Ogun que possui um forte poder contra o mal. Limpa e purifica o pode ser em forma seca para defumação ou em forma de banho da cabeça aos pés, para energizar, dar forças nova e proteção.

9. Incenso:
Uma resina universalmente conhecida em todos os cultos. Pode ser usado sozinho em forma de defumação ou com outras ervas também. Seu efeito é potencializar e limpar um ambiente ou pessoa. Aliado as outras ervas é um complemento que potencializa seus efeitos.

10. Mangueira:
Suas folhas são de Ogum e de Exu. Seu banho fortalece, purifica a aura e tira o mal olhado, abrindo os caminhos. Pode ser usada em conjunto com a Guiné e o Alecrim. Suas folhas podem ser usadas para "bater" nas paredes como o bambu, ou espalhadas pelo chão para retirar as más vibrações.

11. Manjericão:
Planta votiva do Orixá Oxalá. Seu uso é purificador e consagrador. Usado para atrair paz, alegria, felicidade e bons caminhos, apenas não deve ser usado em forma de banhos fervidos e sim macerado. Deve ser tomado da cabeça para baixo. Colocado em um vaso tem o mesmo efeito da arruda: se o ambiente carregar, murcham rapidamente.

12. Peregun:
Existe o Peregun roxo, que é de Iansã, e o verde, para inúmeros Orixás. Seu uso pode ser em forma de banho para limpar a aura. Não deve ser fervido.
#ACALUZ

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.
Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Rei Dom Sebastião



Quanto ao rei Sebastião, refere-se a um personagem cujas origens remontam a Portugal. Trata-se do mesmo rei D. Sebastião que morreu durante a batalha de Alcácer-Quibir, na segunda metade do século XVI, na luta contra os mouros do norte da África e cuja morte precoce foi uma das razões que levaram Portugal a cair sob o domínio da Espanha, em 1580.

Esse domínio estendeu-se por sessenta anos, até 1640, gerando, em Portugal, uma lenda segundo a qual D. Sebastião não morrera, mas se encantara, devendo em breve retornar à Europa com seus exércitos para libertar seu povo do domínio estrangeiro. Essa lenda gerou concepções de caráter messiânico em Portugal (o chamado sebastianismo), que duraram muitos anos, como é bem sabido, resultando em influências na literatura portuguesa do período. Mesmo depois de terem perdido sua importância em Portugal, essas idéias continuaram bem vivas no Brasil, estando presentes, por exemplo, em movimentos de caráter messiânico, como o episódio de Canudos, no Nordeste (cf. Cunha, 1995). Na região do Salgado se fala em três "moradas" do rei Sebastião. A primeira delas, certamente a mais falada, é a ilha de Maiandeua, no município de Maracanã, onde se situam a praia e o lago da princesa, que é a filha do rei. Trata-se de uma belíssima ilha, de acesso não muito fácil, mas com várias praias, sendo freqüentada por turistas. A segunda, menos famosa, é a ilha de Fortaleza, no município de São João de Pirabas, de acesso ainda mais difícil, onde existe a "pedra do rei Sabá" e o "coração da princesa". Quando visitei essa ilha, em 1986, nela só existia uma casa, de um comerciante da sede do município que ali passava períodos de lazer. A pedra, no entanto, era muito visitada. Trata-se de uma pedra comum, que tem mais ou menos um metro de altura, mas que, de longe, no ponto da praia onde chegam as embarcações, parece a figura de um homem moreno sentado. Próximo a essa pedra, fica uma outra, de cor branca, deitada sobre a areia da praia, em forma de coração. A pedra do rei Sabá é objeto de culto dos adeptos do catolicismo, da pajelança e dos cultos de origem africana. Ela está sempre cheia de velas, fitas do tipo das que se colocam em santos, e oferendas de toda sorte, sobretudo bebidas alcoólicas e tabaco. Percebi que muitas pessoas confundem o rei Sabá com o santo católico São Sebastião e fazem promessas a ele, que são pagas com as oferendas, que também são ali colocadas por adeptos da umbanda, por exemplo. Mas a ilha de Fortaleza é também uma "ilha encantada", como a de Maiandeua. O mesmo acontece com a ilha dos Lençóis, no litoral do Maranhão, que é menos referida ainda na região do Salgado: esta é a terceira morada do rei Sebastião. Para seus moradores, entretanto, a ilha dos Lençóis é a mais importante morada do rei (cf. Braga dos Santos, 1983 e Posey e Braga dos Santos, 1985). A idéia messiânica de um possível desencantamento do rei Sebastião está sempre presente na região do Salgado, entre as populações rurais. A lenda que expressa melhor essa idéia, contada em várias versões, refere-se à aparição de filha do rei a um pescador, na ilha de Maiandeua, pedindo que ele a desencante. Se isso acontecer, ele terá como recompensa casar com a princesa. Além disso, caso isso aconteça, as cidades dos encantados aflorarão à superfície, enquanto todas as nossas cidades irão para o fundo, estabelecendo-se, a partir daí, o governo do rei Sebastião sobre o mundo. Para desencantá-la, ele terá, como no caso do desencantamento de Cobra Norato, de cortar o couro da cobra em que a princesa se transforma, com uma faca virgem, até provocar sangue. Ocorre que, em todas as versões que ouvi, o pescador sempre falha, sentindo-se apavorado com a presença daquela enorme cobra. Ao fugir, ainda ouve um lamento: "Ah, ingrato, redobraste meus encantes!". Na região do Salgado o rei Sebastião é visto como o rei de todos os encantados. Há uma outra lenda, também narrada em várias versões, que trata de uma disputa entre os dois grandes encantados, o rei Sebastião e Cobra Norato, em que este foi derrotado e, em algumas versões, morto pelo rei. A partir desse episódio é que o rei Sebastião passou a ser o mais importante de todos os encantados da região. Segundo os relatos de meus informantes, em muitas sessões de pajelança o rei Sebastião se incorpora nos pajés mais notáveis, vindo com o objetivo de curar as doenças de seus pacientes.

Processo Mediúnico e Ritualistico da Umbanda

1. Processo Mediúnico:

A mediunidade, nos Terreiros de Umbanda, é vista como uma faculdade natural existente em todo ser vivo. É através da mediunidade que fazemos a síntese da Luz contida nos cinco sentidos básicos. De acordo com o nível de desenvolvimento, a mediunidade nos permite constatar outras formas de sínteses desde que afinadas com a nossa freqüência vibratória. A este fenômeno dá-se o nome de incorporação. As incorporações são consideradas, nos Rituais de Umbanda da ACALUZ, um ato de comunhão com a Luz Essencial, e não uma substituição temporária do "espírito".

Essa comunhão é possível porque a Luz Essencial, considerada na Umbanda como a Substância Original, não é composta. E por não ser composta, pode perfeitamente ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo com qualquer outra substância física ou etérea. Porém, é necessário que as incorporações ocorram com o aval do médium, em lugares e momentos adequados, e não aleatoriamente. Incorporações "incontroláveis", que colocam em risco a integridade física ou moral do médium, podem estar associadas a diferentes níveis de desequilíbrio. Nestes casos, as iniciações contam com o apoio ritualístico e o aconselhamento especializado.

A Mediunidade é tida, por alguns estudiosos, como um sistema único, capaz de se manifestar de diversas formas. Diante dessa diversificação da mediunidade, a ACALUZ é prudente ao qualificá-las. As qualidades da Mediunidade se caracterizam pela forma da manifestação ou mecanismo utilizado, e não pela sua intensidade. Incorporação, Vidência, Psicografia, Premonição e Intuição são algumas qualidades bastante conhecidas entre as religiões mediúnicas. Do ponto de vista iniciático, cada tipo de mediunidade exige ritos apropriados e orientações específicas. É, no mínimo, contraproducente estabelecer o mesmo método para iniciações envolvendo mediunidades distintas. Nos Ritos de Umbanda da Associação, as Iniciações Mediúnicas concentram-se na mediunidade de incorporação. Outras qualidades são cuidadosamente estudadas e seus médiuns encaminhados a centros idôneos e compatíveis ao tipo da mediunidade.

A Associação adotou a idade mínima de 16 anos para as iniciações mediúnicas. O fato deve-se ao cuidado do Terreiro em não interferir na formação psicológica e emocional de suas crianças na passagem para a adolescência. Isto não significa que o desenvolvimento mediúnico seja nocivo, desde que bem direcionado e apoiado por uma boa filosofia. Os cuidados do Templo se referem às responsabilidades ritualísticas e sociais implícitas nas iniciações. Tais compromissos seriam excessivos e desnecessários aos jovens, uma vez que a iniciação filosófica e os ritos preparatórios podem perfeitamente suprir o tempo de espera.

2. Processo Ritualístico:

O ritual intra-uterino, no qual iniciamos a vida neste mundo, estará sempre presente em nossa memória e por toda vida se repetirá. Tal qual um processo iniciático, a gestação nos impele a refletir sobre ritos da natureza e seus efeitos sobre nossa evolução. Sons, cores, movimentos, ritmos, espaços, fazem de cada momento oportuno um espetáculo único. É, sem dúvida, um grande ritual iniciático. É como se toda humanidade estivesse integrada num só Ritual. É a dança Sagrada de Deus que, na cadência da Vida, nos faz existir.

Diante da grandiosidade de existir e perceber a própria existência, só nos resta compreender a dinâmica das diferenças. É preciso Ser o contraste para perceber a coincidência. É preciso Morrer para Renascer. É preciso sentir para pensar em sentir novamente. As iniciações que a Vida nos oferece também abundam em preceitos e fundamentos. São ritos iniciáticos comprometidos exclusivamente com as transformações e mutações da Natureza. Construir e destruir para reconstruir. Esta é a regra do mundo. Isto é não ao conformismo.

Imitar os feitos da Natureza e tentar repeti-los de forma ordenada, sempre foi e será uma positiva e eterna paixão do Homem. As grandes conquistas e descobertas aconteceram a partir das observações de fenômenos naturais. As técnicas utilizadas nas navegações marítimas e aéreas, os cantos, as danças, são alguns exemplos que demonstram a importância dos rituais da Natureza em todas as épocas e para todos os fins. A Umbanda, na condição de religião natural, não necessariamente naturalista, tem o compromisso de instruir seus adeptos a encontrar na Natureza as energias indispensáveis a uma vida espiritualmente saudável. Porém, isto não se faz apenas com a intenção. É preciso ritualizar. "Seguir o curso dos rios". "Ouvir as pedras e Ver a Palavra de Deus".

Na ACALUZ, as Iniciações ritualísticas acontecem em três etapas. A primeira visa a integração do iniciando com a Natureza através de exercícios elementares voltados ao desenvolvimento da sensibilidade. A segunda propõe uma série de actividades ritualísticas destinadas ao desenvolvimento da capacidade de estabelecer, com as diferentes Linhas, uma relação vibratória equilibrada. Finalmente, a terceira etapa refere-se a um programa teórico, associado a práticas, no qual o iniciando aprende a dirigir e realizar diferentes ritos.

Por Adriano Figueiredo Leite e Diego Bragança de Moura

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

8 de Dezembro Festival de Yemanja



Hoje, em todo o Estado do Para comemora-se o Festival de Yemanja, assim como em outras regioes do Brasil, dia consagrado a Nossa Senhora da Conceiçao. Para os Umbandistas a data também é especial, pois a santa é sincretizada com Iemanjá.
A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.

É ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino. É ela quem controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o maremoto.

Para quem vai ate as prais fazer sua homengame segue abaixo uma prece para tao bela entidade.

PRECE PARA IEMANJÁ

Oh, Querida Mãe Iemanjá, tu que governas as águas, derrama sobre a humanidade a tua proteção, fazendo assim, ó divina mãe, uma descarga em seus corpos materiais limpando suas auras e incutindo em seus corações o respeito e a veneração devida a essa força da natureza que simbolizas.

Fluidifica nosso espírito e descarrega nossa matéria de todas as impurezas que houverem adquirido.

Permita que tuas falanges nos protejam e amparem, assim o fazendo com toda a humanidade, nossa irmã.

Faça isso por nós, querida mãezinha.

Que assim seja!

Nao esqueça de levar uns agrados, para quem nao sabe segue aqui algumas dicas: Flores, velas, frutas, perfumes, sabonetes, joias, espelhos, bebidas, roupas.

Obs. nao esqueça que na hora da oferenda o que vale nao eh o valor da oferenda e sim a fe e oferta de coraçao aberto.


CANTO A YEMANJA


Fiz um pedido,
para mae serei,
para ela nunca mais me abandonarrr
na areiaaa, na areia branca do mar (bis)


Vamos dar viva a sereia do mar,
minage, minaja,
Rainha do Sereiah,
Minage, minaja


Eu fui na beira da praia,
pra ver o balanço do mar,
eu vi, seu retrato na areia,
me lembrei da sereia,
comecei a chamar,
o Janaina vem ver, o Janaina vem ca
vem receber estas flores que eu vim lhe ofertar.


no mar eram duas ventarolas,
eram duas ventarolas, navegando sobre o mar
Uma era a Yansa ea parrei
e a outra era Yemanja, flor do mar.

Por Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ

Você sabia que a Umbanda faz batismo?

RITUAL DE BATISMO SEGUNDO NORMAS ELABORADAS NO SEMINARIO UMBANDISTA DO SUPERIOR ORGAO DE UMBANDA DO ESTADO DE SAO PAULO - POR ABGUAR BASTOS.



De acordo com a codificação e normas elaboradas pelo referido orgão, ficou previsto da seguinte maneira:

1. Material Usado:
* Imagem de São João Batista;
* Conga florido e iluminado com velas brancas;
* Bandeja com toalha branca;
* Bacia Branca esmaltada, de 25 cm de diametro;
* Dois pires brancos, pequenos (um para o oleo e outro para a pemba)
* Recipiente para o oleo;
* Recipiente para o Sal;
* Quartinha branca de porcelana;
* Toalha branca rendada de 2,00 x 0,60 m
* Agua Doce: devera ser de cachoeira, fonte ou mina (sem tratamento);
* Oleo: devera ser puro de oliva;
* Sal: devera ser puro e refinado;
* Pemba Branca: usada somente para rituais de batismo, casamento ou cruzamento.

Quanto aos demais apetrechos, somente serão usados em cerimoniais.

O Celebrante, o cambone e a curimba deverão estar trajados com seus uniformes de trabalho espiritual (todos de branco).

As vestes do batismo e dos padrinhos ficarão a criterio desses participantes, isto se os padrinhos não forem mediuns do terreiro.
A cerimonia sera feita materialmente e, apos o termino do batismo, devera descer a entidade espiritual para a confirmação.

2. Ponto cantado na hora do Batismo sem atabaque:

João Batizou cristo
Cristo Batizou João
Batizo este filho
com as aguas do rio Jordão

3. Ponto cantado no final do Batismo:

Estrela da Guia Guiou nosso
Guiai este filho caminhos que vai
Oh viva jesus nosso pai redentor
Que ao Vosso filho sangue derramou

Os padrinhos serão escolhidos pelo batizando (quando este em fase adulta) ou pelo pais (quando criança), podendo ser escolhidos padrinhos materiais e adrinhos espirituais (orixas ou guias do terreiro).
A agua que ficou depositada na bacia branca devera ser despejada em rio de agua corrente ou no pe de uma arvore em desenvolvimento, ofertando-a a mamae oxum ou, no segundo caso, a Oxossi.

O chefe do Terreiro devera celebrar o batismo, ou nomear uma pessoa credenciada, que tenha frequentado as aulas sobre os rituais.
a) O Celebrante devera ficar a frente do Conga, acompanhado do cambone e curimbas, onde ja estara a imagem de São João Batista e os apetrechos religiosos para o ato: quartinha com agua, pires com pemba sobre algodão esterilizado, pires com oleo de oliva e recipiente de sal, tudo sobre a bandeja forrada com uma toalha branca.
b) E processada a defumação do Conga e Corpo Mediunico e apos, dos assistentes.
c) Apos a defumação sera formada, pelos mediuns presentes, uma ala feminina e outra masculina.
d) O batizando adentrara a Aureola, acompanhado dos pais e padrinhos, ficando todos de frente para o conga, com o padrinho a direita do batizando e madrinha  com o mesmo ao colo, em se tratando de de criança e, quando adulto, a madrinha ficara ao lado esquerdo e com a mão direita sobre o ombro do batizando que no momento estara ajoelhado.
e) O Celebrante acendera a vela branca do Orixa do Terreiro e entregara a mesma ao padrinho, que a segurara com a mão direita.

4. Inicio da Cerimonia:
LITURGIA: Diz o celebrante - "Meus irmãos, vamos pedir licença aos guias Chefes deste Terreiro (citas os nomes) e nossos Orixas, para que neste momento o batizando aqui presente (citar o nome), acompanhado de seus pais e padrinhos, receba, neste terreiro, a Consagração do Batismo atraves das Falanges e Legioes de Espiritos de Luz que emanam em nossos Terreiros de Umbanda. Pedimos neste momento, ao Corpo Mediunico, que confirme seus pensamentos, ser designada a sua missão no Plano Terrestre. A partir deste data, apos a Consagração, este filho aos nossos Orixas, a fim de ser designada a sua missão no Plano Terrestre.  A partir desta data, apos a Consagração, este filho estara sob a influencia de todos os Orixas. (quando criança): Aos orixas Cosme, Damião e Doum e a Xango Menino, entregamos esta criança que representa no Campo Espiritual a corrente dos Anjos, para que tomem conta dos seus passos, em nome de todos os Orixas".
A curimba começa a cantar o 1º Ponto, enquanto o Celebrante unge no fogo da vela o polegar direito embebido em oleo, fazendo em seguida o Sinal da Cruz na testa, na nuca e no peito do batizando e dizendo "Ungido foi nosso Pai Oxala pelo Santo Batismo, assim eu te unjo para Cumprimento da Nossa Lei". A seguir, coloca uma pitada de sal sobre a lingua do Batizando, dizendo: "Pela agua que possuis em teu corpo, eu te cruzo com sal, para que fiques protegido das açoes maleficas". Em seguida pega a pemba e faz uma cruz nas frontes e no centro da cabeça. Continuando, o Celebrante pega a quartinha de agua derramando-a sobre a cabeça do batizando. Essa agua eh aparada na bacia branca, segura pelo cambone, e diz: " Eu te lavo a cabeça , batizando-te (citar o nome) para que se confirme na linha de Xango a tua Inteligencia e a tua Purificação". Em seguida sopra o lado direito e o lado esquerdo do batizando, dizendo: "Que tuas palavras apos este santo batismo te torne um verdadeiro umbandista.
A Curimba começa a cantar o 2º Ponto. O Padrinho apaga a vela com a ponta dos dedos e o Celebrante diz: " se por ventura alguma vez te encontrares em desespero ou necessidade, acende esta vela e pede a proteção de teus padrinhos do Astral Superior.
O batizando se adulto, toma a benção dos padrinhos e do Celebrante. Em seguida sera feita uma preleção aos Padrinhos sobre a responsabilidade dos mesmos em relação ao batizando. A seguir, sera feita a incorporação de uma ou mais entidades espirituais para  a confirmação do Batismo, caso o deseje o batizando ou os padrinhos (no caso de ser criança).
A curimba começa a cantar o Ponto da Estrela da Guia, acompanhada por todos os presentes.

Pesquisa: Livro Os Cultos Magico-Religiosos no Brasil de Abguar Bastos- 1979- Pag. 144 a 146.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vestimentas na Umbanda


Dentre os caracteres basilares de nossa Sagrada Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento dentro da teurgia, liturgia e da magística, é o uso da vestimenta branca.

Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da móvel religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?. Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca ?. No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior.

As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os bramânes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druídas tinham na cor branca um de seus principais elos de ligação do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos.

O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? desfraldavam bandeiras. E de que cor? a branca, é claro !!!

O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê ? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do século XVII, dedicando-se ao estudo das cores e da luz, em uma de suas experiências fez a luz comum (luz solar - branca) passar por um cristal em forma de prisma, conseguindo desdobrar a cor-matriz nas cores do arco-íris. Provou deste modo que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes. Newton realizou várias contra-provas para ratificar sua descoberta, onde podemos citar o famoso Disco de Newton.

O cientista dispôs as cores alcançadas através de sua experiência num disco circular. Acionou a manivela, fazendo o disco girar sobre seu próprio eixo (rotação), momento em que as cores se fundiram, dando como resultado final a cor branca.

Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Sete Forças Cósmicas Inteligentes (Orixás), sendo que a Cosmopotência Oxalá (Jesus Cristo), que tem a cor branca como representação, supervisiona as Seis Forças restantes. Experimentem fundir todas as cores representativas dos Orixás e verão que a cor final será a branca, como nos experimentos de Isaac Newton. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua.

Axé a todos

Todos os Créditos ao Sr. Emidio de Ogum
Pesquisa do Sr. Diego Bragança de Moura - Colaborador do Blog e Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.