quarta-feira, 8 de julho de 2009

Festejo do Caboclo Manezinho


A ACALUZ - Associação Cultural Axé e Luz, tem a honra em convidar Vossa Senhoria e familia para participarem do tambor de mina em homenagem ao Caboclo Manezinho, será no vindouro dia 18 de julho de 2009 no Terreiro da Zeladora de Santo Maria Vales, em Cachoeira do Ararí, na Ilha de Marajó, na Rua Nova, Bairro do Aeroporto, terá inicio as 20h00, venha participar e receber axé e luz dos boiadeiros do Codó do Maranhão.

sábado, 4 de julho de 2009

Légua Bogi Buá uma pequena história de muita sabedoria


Em Codó, onde se diz que o caboclo “Brada” mais alto, afirma-se que aquela categoria de encantado é comandada por Légua Buji Buá, que se intitula filho de Pedro Angaço e Rainha Rosa. Santa Bárbara tem sido proclamada protetora dos terreiros de Mina do Maranhão. Ela valoriza estes caboclos boiadeiros, comparando-os.
Seu Légua vem de uma região do Maranhão chamada Codó, município situado no cerrado maranhense e na bacia do rio Itaperucu. É uma localidade reconhecida por seus terreiros, por ser uma região quilombola ligado ao terecô, ao tambor da mata, relacionada mais com os caboclos e a prática da magia negra.
Entre os encantados mais importantes está ele, Légua Bogi Buá.
Codó, também conhecida como capital da magia negra. Falar desta entidade, de sua família e dos seus dois lados (“banda branca” e banda “preta” – bem/mal) como sempre é dito pelo caboclo Lauro Bogi Buá (da família de “Légua”) que e falar a seguinte frase:
“Eu sou Lauro Bogi Buá, uma banda branca e outra preta, metade de Deus e metade do diabo”. Há diversos mitos de como e quando Légua Bogi chegou a essa região, tanto quanto em relação a sua família e seu comportamento dentro dos terreiros.
(...) Na casa de Jorge, Légua Bogi é jovem, brincalhão meio rude e desbocado, tem numerosos amigos, gosta muito de bebida alcoólica e da brincadeira de Bumba-Boi. Em Codó, no salão de dona Antoninha, ouvimos falar dele como o encantado mais velho do mundo, como filho desobediente (Maria dos Santos) e como um preto velho angolano (dona Antoninha) (...) Em Viana (Maranhão), Légua Bogi é visto pelos médiuns (que tem vidência) como um preto-velho que usa chapéu, parecido com o falecido artista nordestino Luiz Gonzaga. Algumas pessoas o vêem caminhando na cidade; outras, andando sobre as águas do mar, sem afundar. Mas, conforme o curador e “mineiro” Rogério, Légua também aparece a eles como um boi preto, com uma estrela brilhante na testa, que ameaça “parti pra cima” do médium que não cumprir suas obrigações para com ele. Légua Bogi é um dos encantados mais antigos de Codó, mas a família de Légua entrou ali quando já havia acabado a euforia do algodão, e ele veio como um dos “filhos do gado”, daí porque aparece com chapéu de couro e rebenque. Segundo o mesmo informante, em São Luís, eles “aportaram” no início do século XX como uma família já constituída e foram trazidos por Maximiana e por migrantes do Mearim e Codó.
Quando o caboclo Légua Bogi está incorporado sempre se refere ao lugar de onde veio: Codó. A ligação com essa região é relacionada no momento do transe, onde a entidade faz uma ponte entre o Estado que se encontra no momento do transe e Codó (MA).

Por. Adriano Figueiredo Leite - Presidente da ACALUZ.
Pesquisa Histórica - Diego Bragança de Moura - Historiador da ACALUZ.

A gira de Boiadeiros.

Uma das giras mais antigas dentro da Umbanda é a dos nossos queridos Boiadeiros.Uma manifestação de espiritos daqueles que foram muito acostumados a terra de chão e tocavam o gado pelas estradas do interior de nosso Pais, em condições muito difíceis mas que nunca abalou a adoração desse povo pela lida no campo.
Os Boiadeiros, de um modo geral, utilizam chapéus de vaqueiros, laços de corda e chicotes de couro, são ágeis e costumam chegar aos terreiros com sua mão direita levantada, girando, como se estivesse laçando, esbravejando a inconfundível toada "êeeee boi" como se ainda estivessem tocando seu rebanho.

O que mais agrada um Boiadeiro é uma boa comida da roça, bebidas simples, mas sem dispensar as iguarias do povo mais moderno, afinal, já passaram necessidades suficientes para não precisar mais se privarem de uma boa cervejinha se assim forem ofertados.
A magia de sua gira é inconfundível, as histórias que trazem na bagagem são tão fascinantes como importantes no exemplo que nos exprimem.Um Boiadeiro traz consigo as lições de um tempo onde o respeito aos mais velhos e a natureza, a família e aos animais, enfim, a boa educação e bons costumes falavam mais alto e faziam muito mais diferença do que nos dias de hoje.
Marranbá che tuá Boiadeiros, é uma das saudações para este povo, ou Chetu, marrumbá Che, ou ainda simplesmente Sarava meu Pai Boiadeiro.

Caboclo Tupã

Vou tentar relatar aqui um pouco de sua historia e origem. - Caboclo Tupã nascido na tribo dos Tupis, em meados de 1580 a 1615. Filho do Caboclo Tupi e da Cabocla Jacira, tem como irmã a Cabocla Jurema, sobrinho de Tupinambá e Caboclo das 7 Flechas, seus primos Caboclo Tupiara, Caboclo Tupi Mirim, Caboclo Flecheiro e Cabocla Jurema Flecheira, com sua esposa Cabocla Luaci gerou as caboclas Guaraciara e Ceuci. O Caboclo Tupã tem sua linha originaria em Oxóssi, hoje possui Falanges montadas nas 7 Linhas, tem médiuns de trabalho nas linhas de: Oxóssi, Oxalá, Xangô, Ogum e Iemanjá, isso se explica pelo seu crescimento no sentido à Luz!Caboclo com grande capacidade de atuação nos tronos da Fé, Conhecimento, Geração, Lei e Justiça. Muitos ao primeiro contato o acham bravo, mas não passa de impressão, ele é sim enérgico, justo e paciente.É um grande Guerreiro, grande líder foi um grande Cacique.O que nos passou de sua historia foi que fez sua passagem com aproximadamente 33 anos, através da chegada e pelas mãos do homem branco.Caboclo com brado forte, firme e de grande vibração, sua postura é uma característica marcante, sempre a mesma nos médiuns, independente da Linha em que estejam atuando, postura de fácil reconhecimento.